CPI do Crime Organizado recebe diretor-geral da PF nesta terça, em meio a discussões sobre o Projeto Antifacção

  • 18/11/2025
Câmara pauta projeto antifacção, com versão que mantém competências da PF A CPI do Crime Organizado vai ouvir nesta terça-feira (18) o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. A ida dele ocorre em meio ao debate sobre o Projeto Antifacção, para combater as facções criminosas. A expectativa é que Andrei seja questionado tanto sobre a atuação da PF no enfrentamento ao crime organizado quanto sobre trechos do projeto que, nas versões intermediárias apresentadas pelo relator, retiravam poderes da corporação — o que gerou reação de delegados, entidades de classe e parlamentares alinhados ao governo. Clima político A presença do diretor-geral reforça o peso político da CPI, instalada após a megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou 121e reacendeu o debate sobre o avanço das facções e das milícias no país. A segurança pública é vista como prioridade pela opinião pública e por partidos que se movimentam de olho nas eleições de 2026. O colegiado é presidido por Fabiano Contarato (PT-ES) e tem como relator Alessandro Vieira (MDB-SE). Ambos são delegados de polícia. Contarato venceu a disputa pelo comando da CPI por 6 votos a 5, derrotando Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que acabou escolhido vice-presidente. Em sua primeira fala como presidente, Contarato defendeu as forças policiais e afirmou que o combate às facções exige ação contínua, e não operações isoladas. “O combate ao crime organizado só será eficaz se for contínuo. O Estado precisa retomar o controle das comunidades, oferecer emprego. Não podemos romantizar a vida de quem precisa seguir leis de criminosos para se manter vivo”, disse. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues Reprodução O que a CPI investiga A CPI do Crime Organizado tem prazo inicial de 120 dias e pretende apurar: a estrutura e expansão de PCC, CV e milícias; fontes de financiamento e lavagem de dinheiro; domínio territorial e prisional; conexões regionais e internacionais; possível infiltração no poder público. Ao final, o colegiado deve propor mudanças na legislação e sugerir ações integradas entre União, estados e municípios. Entre os integrantes indicados estão figuras centrais na disputa política sobre segurança, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Randolfe Rodrigues (AP) (suplente) e Sergio Moro (União-PR) (suplente). Câmara deve votar nesta terça A oitiva desta terça ocorre no mesmo dia em que a Câmara deve tentar votar o PL Antifacção, de autoria do governo, mas que foi profundamente modificado pelo relator, Guilherme Derrite (PP-SP). A discussão virou palco de disputa entre PT e PL, as duas maiores bancadas da Casa. Ambos os partidos se dizem insatisfeitos com a última versão apresentada por Derrite. O que o PL critica: quer incluir dispositivo que equipara atos de facções ao crime de terrorismo; quer proibir audiências de custódia para presos em flagrante ligados a facções; pressiona por mais tempo de debate — tenta adiar a votação para dezembro. Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ): “Há avanços, mas faltam os pontos principais para nós.” O que o PT critica: diz que o novo texto reduz a capacidade da Receita Federal de descapitalizar facções; afirma que Derrite retirou medidas cautelares especiais previstas no projeto original; reclama da criação de uma nova lei paralela à lei de organizações criminosas. Para o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ): “A proposta perde a espinha dorsal: a capacidade de bloquear rapidamente recursos ilícitos.” Congresso intensifica agenda de segurança pública O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem dito que acredita na aprovação do texto e que a discussão precisa avançar “sem troféus” para governo ou oposição. Segundo Motta, o objetivo é responder ao clamor da sociedade por segurança: “A direita e a esquerda podem brigar por narrativas. O que me move é o essencial: endurecer penas e responder ao pedido mais legítimo da sociedade — o direito de viver em paz.” Clima de pressão Com a CPI instalada, o PL Antifacção em disputa e a continuidade do debate sobre operações policiais de larga escala, a fala do diretor-geral da PF acontece no epicentro de uma agenda que deve dominar o Congresso nas próximas semanas. A corporação é protagonista da investigação de facções em todo o país e peça central no desenho de qualquer política nacional de combate ao crime organizado. A expectativa é que Andrei Passos Rodrigues seja cobrado sobre: atuação integrada com estados, desafios do avanço territorial das facções, lacunas da legislação atual, e os pontos do PL Antifacção que atingem diretamente a PF.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/11/18/cpi-do-crime-organizado-recebe-diretor-geral-da-pf-nesta-terca-em-meio-a-discussoes-sobre-o-projeto-antifaccao.ghtml


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