Hospital Metropolitano de Campinas: o que falta para promessa de 'respiro' na saúde pública sair do papel
23/12/2025
(Foto: Reprodução) Campinas oficializa doação de terreno para construção do Hospital Metropolitano
Anunciado como um “respiro” para a saúde pública regional, o Hospital Metropolitano de Campinas (SP) ainda depende de etapas administrativas do governo do Estado para sair do papel. Nesta segunda-feira (22), a Prefeitura formalizou a doação do terreno onde a unidade será construída.
A área doada tem 34.824,83 m² e fica no entorno da Avenida Prefeito Faria Lima e da Rua Pastor Cícero Canuto de Lima, no Parque Itália. Atualmente, o local abriga o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD Sudoeste.
A cessão do terreno foi condicionada à manutenção do atendimento em saúde mental. Pelo texto sancionado pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos), parte da área continuará sob uso do município para garantir o funcionamento do Caps mesmo após a construção do hospital.
O texto também prevê que, se alguma das condições não for cumprida, o terreno retorna automaticamente ao patrimônio municipal, sem pagamento de indenização.
E agora?
Com a doação publicada no Diário Oficial do Município, o próximo passo depende do governo estadual. A Secretaria Estadual da Saúde informou, em nota, que está prevista a publicação do aceite formal da doação no Diário Oficial do Estado.
Somente após esse aceite o governo estadual poderá avançar com os procedimentos administrativos e técnicos necessários para implantar o projeto.
Segundo a pasta, o chamamento público para o início das obras está previsto para o primeiro semestre de 2026.
Projeto do novo Hospital Metropolitano, que será construído em Campinas
Divulgação/Secretaria Estadual de Saúde
Funcionamento em dois anos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou a construção do novo Hospital Metropolitano em Campinas no dia 7 de junho deste ano.
O foco, segundo o governo, será atender a demanda da Região Metropolitana de Campinas e o Circuito das Águas, além das regiões de Bragança Paulista e Jundiaí, totalizando 42 municípios.
A secretária executiva de Saúde do Estado de São Paulo, Priscilla Perdicaris, afirmou que a ideia é que o hospital esteja em funcionamento em dois anos.
"A ideia é que a gente tenha essa unidade funcionando em 24 meses. Nós já estamos trabalhando no planejamento fino desse projeto, no projeto executivo, e a ideia é licitar já nesse segundo semestre", afirmou a secretária.
Área doada pela Prefeitura ao governo estadual abriga o CAPS AD Sudoeste, em Campinas
Johnny Inselsperger/EPTV
Veja a divisão de leitos:
🏥 Clínica cirúrgica
8 salas de grande porte para cirurgias cardíacas, oncológicas, ortopédicas, neurológicas, bariátricas
100 leitos adulto
6 leitos para obesidade
6 leitos de isolamento
🏥 Pronto atendimento
3 consultórios
1 sala de curativo
1 sala de gesso
2 leitos de observação
Salas de estabilização e reanimação
🏥 Radioterapia
2 aceleradores lineares de fótons e elétrons
1 tomografia com simulação para radioterapia
Braquiterapia
🏥 Quimioterapia
20 poltronas
4 leitos hospitalares
🏥 Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)
Análises clínicas
Anatomopatológicos
Raio-x, ressonância, tomografias, ultrassom
Endoscopia
Métodos gráficos e dinâmicos
🏥 Ambulatório
18 consultórios médicos
1 consultório odontológico
Área para reabilitação pós-cirúrgica em cardiologia, neurologia, ortopedia, obesidade e oncologia
🏥 Hospital dia
18 leitos adulto
2 leitos para obesidade
3 salas de procedimentos
3 salas de endoscopia
🏥 Terapia intensiva
47 leitos de UTI adulto
3 leitos para obesidade
10 leitos de UTI pediátrica
🏥 Clínica médica
150 leitos adulto
6 leitos para obesidade
6 leitos de isolamento
20 leitos de saúde mental
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