Lei 'perdoa' multas por crimes ambientais e legaliza uso de áreas ocupadas em unidade de conservação de RO

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Lei foi vetada pelo governador, Coronel Marcos Rocha (União, mas os parlamentares derrubaram o veto e decidiram promulgar a norma por conta própria. Área da Resex Jaci-Paraná, em Porto Velho Marcio Isensee e Sá/Oeco No final de abril, os deputados da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) aprovaram um projeto de lei que regulariza a situação de pessoas que vivem ou trabalham irregularmente na Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná. Na prática, a norma "perdoa" multas por crimes ambientais e cancela processos judiciais relacionados à ocupação. A norma aprovada também garante que quem comprou produtos rurais dessa área nos últimos 30 anos também não será punido. Para ter acesso, é preciso: Assinar um termo de compromisso; Fazer dois planos ambientais: um para áreas de preservação permanente e outro para áreas degradadas; Não ampliar o espaço que já ocupam. Instituições ambientais e ligadas à questão agrária veem problemas na lei. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) solicitou uma reunião com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) para discutir possíveis medidas. "Entendemos [a lei] como um aviltamento a proteção ambiental e um incentivo a novas invasões", aponta Wellington Lamburgini, coordenador da Comissão Pastoral da Terra em Rondônia. 🔎A Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná é uma unidade de conservação estadual criada para proteger o meio ambiente e garantir o uso sustentável dos recursos naturais por comunidades tradicionais, como seringueiros e extrativistas. A norma A Lei Complementar nº 1.274/2025 é de autoria do deputado Dr. Luis do Hospital (MDB). Ela foi vetada pelo governador de Rondônia, mas os parlamentares derrubaram o veto e decidiram promulgar a lei por conta própria. Ou seja, ela já está em validade, publicada no Diário Oficial da ALE-RO. O Ministério Público de Rondônia reforçou que é contrário à norma por entendê-la como inconstitucional e está analisando o projeto para tomar as medidas que julgar necessárias. Procurados pelo g1, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Alex Redano e deputado Dr. Luis do Hospital optaram por não se pronunciar sobre o caso. Tentativa de redução Resex de Jaci-Paraná antes e depois da aprovação da Lei 1.089/21 Ministério Público de Rondônia/Divulgação Os deputados aprovaram a nova lei utilizando como argumento a inconstitucionalidade da Lei Complementar Estadual 1.089, de 20 de maio de 2021, de autoria do governador Marcos Rocha - essa norma havia reduzido aproximadamente 220 mil hectares de duas unidades de conservação em Rondônia: a Resex Jaci-Paraná e o Parque Estadual Guajará-Mirim. A lei foi derrubada por violar o artigo nº 225 da Constituição Federal e os artigos nº 218 e 219 da Constituição de Rondônia, que garantem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e atribuem ao poder público a responsabilidade de sua proteção. Lei sobre lei da área resex de Jaci-Paraná é considerada inconstitucional O que é a Resex Jaci-Paraná? Criada em 1996, com cerca de 200 mil hectares, localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, a Resex Jaci-Paraná é classificada como unidade de uso sustentável, ou seja, permite a presença humana, mas com regras voltadas à conservação. Foi pensada para proteger comunidades tradicionais e o modo de vida baseado na extração de produtos da floresta, como látex, castanha e açaí.

FONTE: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/05/09/lei-estadual-perdoa-multas-por-crimes-ambientais-e-legaliza-uso-de-areas-ocupadas-na-resex-jaci-parana-em-ro.ghtml


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