Operação investiga desvio de mais de R$ 56 milhões e mira prefeito e vereadores em Turilândia
22/12/2025
(Foto: Reprodução) GAECO faz operação contra a Prefeitura de Turilândia e mira prefeito e vereadores
Divulgação/Gaeco
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Maranhão realiza, na manhã desta segunda-feira (22), uma operação para investigar suspeitas de irregularidades em contratos firmados pelo município de Turilândia (MA) durante a gestão do então prefeito José Paulo Dantas Filho, conhecido como Paulo Curió.
Ao todo, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão. Entre os alvos estão o então prefeito de Turilândia, além de vereadores, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, deflagrada pelo GAECO em fevereiro deste ano.
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A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 9,4 milhões nas contas bancárias dos investigados. Segundo as investigações, o valor corresponde à diferença entre o montante inicialmente identificado e o total do prejuízo causado aos cofres públicos, que pode chegar a R$ 56,3 milhões.
As ordens foram expedidas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, por decisão da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim.
De acordo com procedimento investigatório instaurado no GAECO, há indícios da prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão do prefeito Paulo Curió.
As investigações apontam o envolvimento de diversas empresas, entre elas:
Posto Turi
SP Freitas Júnior Ltda
Luminer Serviços Ltda
MR Costa Ltda
AB Ferreira Ltda
Climatech Refrigeração e Serviços Ltda
JEC Empreendimentos
Potencial Empreendimentos e Cia Ltda
WJ Barros Consultoria Contábil
Agromais Pecuária e Piscicultura Ltda
Além das empresas, pessoas físicas também são investigadas.
Durante a operação, equipes do GAECO estiveram na residência de Eustáquio Diego Fabiano Campos, em São Luís. De acordo com o grupo, ele é médico cirurgião e suspeito de participar do esquema. Os agentes encontraram grande quantidade de dinheiro no local, mas o valor ainda não foi divulgado.
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo GAECO e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD). O material vai ajudar a reunir provas para embasar a acusação contra os investigados.
*Reportagem em atualização