Tarcísio defende prisão domiciliar para Bolsonaro e diz que vai trabalhar por projeto de anistia: 'Não me preocupo com desgaste'

  • 25/11/2025
(Foto: Reprodução)
O governador Tarcísio de Freitas. Reprodução/TV Globo O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra prisão domiciliar e afirmou que pretende trabalhar para o Congresso votar a anistia ao ex-presidente. "Vou trabalhar para que a anistia seja pautada, para que possa ser aprovada. Não estou preocupado com desgaste. Eu falo com frequência [com Flávio Bolsonaro], a gente tem ótima relação, e o Flávio sabe que pode contar comigo", afirmou o governador durante evento no Palácio dos Bandeirantes. Nesta terça, Jair Bolsonaro e aliados iniciaram o cumprimento da pena por tentativa de golpe após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. A decretação do trânsito em julgado das condenações e a execução das penas provocou reações políticas. Assim como Tarcísio, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou que pretende insistir que o Congresso vote uma anistia para o pai. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Flávio se refere ao projeto de lei agora chamado de PL da Dosimetria, proposta que altera regras de aplicação das penas, e que vinha sendo tratada como alternativa caso a anistia aos envolvidos nos atos golpistas não avançasse. Nesta terça, o governador de São Paulo afirmou que recebeu a notícia de que Bolsonaro começou a cumprir pena com "tristeza", porque "confia muito na inocência do ex-presidente". A jornalistas, ele defendeu a prisão domiciliar por motivos de saúde. "A questão de [Jair] Bolsonaro em casa é uma questão humanitária, é uma questão a uma pessoa que tem 70 anos, que está muito doente, acho que se toma o risco quando se coloca uma pessoa como ele na prisão, porque de repente não vai ter a medicação e alimentação como deveria ter. Acho que a gente ter que ter respeito aos ex-presidentes", disse Tarcísio. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente deverá permanecer na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22), para o cumprimento da pena. Tarcísio voltou a negar que seja candidato à Presidência em 2026. "Não estou pensando em cenário eleitoral, a eleição está muito longe. Tenho interesse em ficar em São Paulo, estou muito focado em São Paulo, estou comprometido." E emendou: "Não vamos nos esquecer que a grande liderança da direita é o Bolsonaro. Quem vai decidir a candidatura da direita é o Bolsonaro. Ele continua sendo o líder desse movimento, então ele que vai definir". Reações políticas Mais cedo nesta terça, a oposição acusou o Judiciário de perseguição política e defendeu a aprovação de uma lei para libertar os condenados. Líderes do governo classificaram as prisões como “históricas” e rejeitam qualquer debate sobre anistia. Em nota oficial, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que o trânsito em julgado “marca a consolidação definitiva de um estado de exceção no Brasil”. Zucco afirmou que o Judiciário de promover “perseguição política” e critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por supostamente ignorar recursos. “Um atropelo do devido processo legal que não se admite nem nos regimes mais autoritários”, diz a nota. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro, também defendeu a aprovação de uma anistia para militares e ex-integrantes do governo. Mourão lamentou as prisões de generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, classificando o episódio como "infâmia”. “A solução política é a anistia. É mais do que nunca necessária”, declarou. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reforçou o discurso. “Tudo para tirar Bolsonaro do jogo eleitoral, para humilhar nosso líder. Isso não vai nos desmotivar, pelo contrário. A luta por anistia ampla, geral e irrestrita estará mais forte do que nunca”, afirmou. Já o líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que o dia marca um momento inédito na história brasileira, mas também criticou o que considera flexibilidade do Supremo com Bolsonaro. Lindbergh classificou como “loucura” qualquer tentativa de discutir anistia no Congresso. “É um dia histórico porque pela primeira vez temos condenados por tentativa de golpe. Deixo minha homenagem às vítimas do golpe de 64, que não tiveram direito ao julgamento dos golpistas”, disse. “A lei de organizações criminosas fala em cumprimento em regime fechado em presídio de segurança máxima”, continuou. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que o trânsito em julgado das condenações por tentativa de golpe representa um marco na história brasileira e que, pela primeira vez, quem tentou derrubar a democracia está sendo responsabilizado. “Hoje é um dia histórico para o país. Depois de uma longa e triste tradição de impunidade para golpistas, pela primeira vez, quem ameaça e tenta derrubar a democracia enfrenta a força da Justiça”, disse. Cumprimento da pena de Bolsonaro O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta terça-feira (25) o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente deverá permanecer na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22), para o cumprimento da pena. "Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e três meses, sendo 24 anos e nove meses de reclusão (em regime fechado) e dois anos e seis meses de detenção", diz a decisão de Moraes. ➡️Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado democrático de Direito. Moraes também mandou prender os outros seis condenados do núcleo crucial do golpe: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que está nos Estados Unidos; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foi preso em Brasília; Jair Bolsonaro, ex-presidente e capitão da reserva do Exército, que está preso na PF em Brasília; Paulo Sérgio Nogueira, general da reserva e ex-ministro da Defesa, que foi preso em Brasília; Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil, que está preso no Rio de Janeiro. Mauro Cid, tenente-coronel da reserva e ex-ajudante de ordens da Presidência, foi delator do caso. Ele já cumpre pena em regime aberto e teve a menor condenação de todos: 2 anos.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/25/tarcisio-defende-prisao-domiciliar-para-bolsonaro-e-diz-que-vai-trabalhar-por-projeto-de-anistia-nao-me-preocupo-com-desgaste.ghtml


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